O espetáculo, realizado a partir de textos de Fernando Pessoa e pensado para o público que se encontre a frequentar o 12º ano de escolaridade, é apresentado no dia 10 de dezembro às 10h30 e às 14h30 no auditório do Teatro das Beiras na Covilhã.
Em Pessoa
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
de regresso ao Theatro Circo em Outubro
André Laires, António Jorge e Thamara Thais, foto de Paulo Nogueira.
Em Pessoa regressa ao Theatro Circo para mais 6 sessões a acontecer às 11h00 e às 15h00. De 28 a 30 o espetáculo será apresentado no pequeno auditório de manhã e de tarde, em horários pensados no público escolar. As sessões para escolas requerem marcação prévia. Para mais informações contactar 253 217 167 ou 253 203 800.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
"Em Pessoa" no Theatro Circo e no Teatro Gil Vicente em Março
MARÇO
11 | 11h00* e 15h00*
13 | 15h00* e 21h30
14 | 11h00*
*sessões escolares requerem marcação prévia
+info 253 217 167
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Pessoa
Deixo ao
cego e ao surdo
A alma com
fronteiras,
Que eu quero
sentir tudo
De todas as
maneiras.
Do alto de
ter consciência
Contemplo a
terra e o céu,
Olho-os com
inocência. . .
Nada que
vejo é meu.
Mas vejo
tão atento
Tão neles
me disperso
Que cada
pensamento
Me torna já
diverso.
E como são
estilhaços
Do ser, as
coisas dispersas
Quebro a
alma em pedaços
E em pessoas
diversas.
E se a
própria alma vejo
Com outro
olhar,
Pergunto se
há ensejo
De por isto
a julgar.
Ah, tanto
como a terra
E o mar e o
vasto céu.
Quem se crê
próprio erra,
Sou vário e
não sou meu.
Se as coisas
são estilhaços
Do saber do
universo,
Seja eu os
meus pedaços,
Impreciso e
diverso.
Se quanto
sinto é alheio
E de mim se
sente,
Como é que
a alma veio
A acabar-se
em ente?
Assim eu me
acomodo
Com o que
Deus criou,
Deixo teu
diverso modo
Diversos
modos sou.
Assim a Deus
imito,
Que quando
fez o que é
Tirou-lhe o
infinito
E a unidade
até.
(Fernando Pessoa)
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
ESTREIA > 21 de Janeiro de 2014
Uma imensa humanidade é o que
perpassa nas palavras de Fernando Pessoa, poeta e pensador maior da nossa
literatura. Impregnadas de memória e sonho, de quotidianos cheios, afinal, de
gestos inúteis, mas sobreviventes ao tempo eterno do mundo; palavras vitais de
um espanto iniciático que desnuda o absurdo da vida-morte sob a camada
implacável da pulsão artística.
Este espectáculo tem como foco o
processo/drama da criação artística como terreno de busca de uma identidade;
letras, vozes, corpos múltiplos, distintos nas formas de Caeiro, Campos e Reis,
procuram afirmar a sua originalidade e a sua diferença mas, sabemos, todo o seu
sentido se reúne no universo complexo e inominável de um só Pessoa,
estilhaçado.
Em corpo-presente, no palco, será
possível resgatar essas centelhas fulgurantes de lucidez e criação, alimento
intemporal? Esperamos que sim.
Sílvia Brito
textos
de Fernando Pessoa | dramaturgia e encenação Sílvia Brito | elenco André Laires, António Jorge,
Thamara Thaís | voz off 'The Poem' Solange Sá | espaço cénico António Jorge | criação vídeo Frederico Bustorff
Madeira* | desenho de som Pedro Pinto* | desenho de luz Nilton Teixeira | fotografia e design gráfico Paulo
Nogueira
M/12 | 75'
* do Centro de
Criação de Vídeo e de Som RODAVIVA
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